Publicado em 18/11/2019
A Seleção Brasileira Feminina de Futsal de Surdos, equipe organizada pela CBDS, é campeã mundial pela primeira vez.
Uma Copa para não ser esquecida! O Brasil terminou o Mundial de Futsal de Surdos, disputado em Winterthur (Suíça), com grandes feitos. A Seleção Brasileira Feminina de Futsal de Surdos representa a CBDS – Confederação Brasileira de Desportos de Surdos, entidade nacional máxima desportiva de surdos no País.
O título veio no sábado, 16/11, com vitória de 4-0 sobre a Polônia, atual campeã européia. Os gols foram marcados por Laelen Cássia Brizola (ASSJP/PR), Vanderleia B. Gonçalves (ASSJP/PR), tento contra e Suzana Alves (ASB/DF).
A ASSJP parabeniza às 4 surdoatletas pela conquista histórica de futsal de surdos brasileiro: Josiane M. Poleski, Laelen Cássia Brizola, Vanderléia B. Gonçalves e Vaneza Wons. Essa quarteta azurela já conquistou outros campeonatos importantes com a Seleção Brasileira como vice-campeonato mundial em 2015 e bronze surdolímpico de futebol em 2017.
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Mais sobre o feminino
Por Ricardo da Silva
A conquista do ouro no feminino coroou uma enorme evolução das surdoatletas brasucas no futsal em 8 anos. No 1º mundial que participaram em 2011, o Brasil feminino havia perdido de 23 a 0 para a Rússia e ficado em último lugar. No 2º, em 2015, saiu com um vice-campeonato. E, agora, campeão.
A façanha foi abrilhantada com dois prêmios individuais neste 2019. Laelen, camisa 8 e artilheira da Seleção com 12 gols, ganhou como melhor jogadora do Mundial. E Stefany Krebs, camisa 11, que havia sido escolhida a craque da Copa anterior, venceu como melhor jogadora jovem (sub 21). As canarinhas foram comandadas pelo técnico Vanderlan da Silva e tiveram em Josiane M. Poleski sua principal capitã.
A campanha das mulheres foi impressionante: vitórias em todos os 6 jogos, com 49 gols marcados e apenas 5 sofridos. Na fase de grupos, 17-0 sobre a sediante Suíça, 7-0 em cima da Tailândia e 11-0 diante da Holanda. Nas quartas de final, o jogo mais duro – 2 a 1 contra o Japão. E antes da final, na semi, 8-4 com a Alemanha.
Vale lembrar que a Seleção Brasileira feminina não contou com apoios públicos, governamentais. As surdoatletas e membros da comissão técnica pagaram suas próprias passagens aéreas. Para uniforme de jogo e alimentação, conseguiram patrocinadores privados: Cavaletti S/A Cadeiras Profissionais e IDOT (Instituto Docusse de Osteopatia). E ainda fizeram vaquinha e rifa para cobrir outras despesas como inscrição, uniforme de passeio e hospedagem de 12 diárias.